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Quanto vale seus Sonhos e Desejos?




Uma reflexão para você…meu querido aluno (a)

Olá Senhores (as)…quem ai está tendo a oportunidade de acompanhar um pouquinho das olimpíadas? Gostaria de aproveitar esse momento e propor uma breve leitura com pequena reflexão sobre o quanto nos comprometemos a sair em busca de nossos sonhos e desejos….


Ao acompanhar uma final olímpica com certeza notamos o desempenho humano, a beleza, leveza e eficiência de cada gesto esportivo. Embora o espírito olímpico nos chame a atenção, também não deixamos de reparar naqueles que “vão mal”, que por uma fração de segundo ou uma fatalidade não performam o suficiente e ficam de fora. Mas a vida é assim. Para alguns ganharem outros precisam perder, e vice versa.


Vamos entender uma coisa, a porcentagem da população mundial que chega a ser atleta olímpico é extremamente pequena. Estima-se que apenas uma fração minúscula, algo em torno de 0,0001% a 0,0002%, das pessoas no mundo conseguem competir em alguma Olimpíada. Para dar uma ideia mais concreta: A população mundial é de aproximadamente 8 bilhões de pessoas. Cada Olimpíada de Verão tem cerca de 10.500 atletas participantes. Assim, a chance de uma pessoa se tornar um atleta olímpico é incrivelmente baixa, dado o rigoroso processo de qualificação e a competição intensa. Ou seja, para cada 500.000 a 1.000.000 de pessoas na população mundial, apenas uma chega a competir nas Olimpíadas.


Por essa ótica, será que dá para criticar um ou outro atleta por não ter "ido bem"? Quem caiu, quem tropeçou, quem errou, é motivo de vergonha? Essas pessoas treinam no mínimo 4 incansáveis anos com total dedicação, privações, dor, dieta, superação, (muitos estão ha mais de 10 anos buscando esse momento singular e curto…. Muitos iniciaram esse projeto a mais tempo ainda.)


Mas sabe de uma coisa? São pessoas comuns fazendo o incomum. Não são pessoas especiais, são pessoas constantes. Alguns são pontos fora da curva mesmo (quando a genética favorável encontrou a modalidade certa e a disciplina ímpar).

Mas agora vem a parte que gostaria de destacar. Vamos assumir que quem chegou até lá possui todos os requisitos físicos necessários para o bom desempenho, como força, capacidade aeróbica, explosão, agilidade, etc. Não buscaram o shape como fim, mas construíram seus corpos como consequência de seus hábitos rotineiros, dia após dia….constantemente, incansavelmente, inegociavelmente. E esse é o ponto.


No dia a dia de cada um deles, toda essa disciplina os ajuda a manter o foco, uma luz acesa mostrando o caminho a seguir. Mas quando se reune em um mesmo local diversas pessoas que tem em comum toda essa força do habito latente, com certeza se faz necessário um “algo a mais” para determinar quem será o melhor entre os melhores. Estou falando do poder mental.


Em Paris 2024 cada atleta precisou ser melhor do que 99,9% das pessoas. E conseguiram! Cada um com sua estratégia, vencendo medos e dores e acreditando sempre no resultado final.Fora das Olimpíadas, cada pessoa com um objetivo individual não precisa ser melhor e nem vencer ninguém a não ser ela mesma. Seu único adversário é sua própria imagem no espelho. Mas ainda assim a grande maioria acaba falhando na primeira tentativa e já desiste.


Todos nós carregamos cicatrizes, marcas boas ou ruins que foram se acumulando ao longo de nossas vidas. Mas as ruins tem o poder de fazer o tempo congelar e nos deixar presos no passado. Crianças e adultos podem sofrer com questões que irão deixar marcas. Bullying, racismo, perdas, relacionamento abusivo, perda de emprego, divórcio….uma enxurrada de gatilhos que tem a capacidade de nos prender no passado e matar qualquer chance de um futuro melhor e promissor que nos aguarda do outro lado.


Tentar e falhar é normal. Aliás, anormal e conseguir de primeira. O caminho do sucesso está mais para um labirinto do que para uma linha reta. Portanto é importante saber que quando (e não SE) nos perdermos precisamos acalmar, avaliar e seguir. Nunca é hora de parar.


Cada marca ou cicatrizes que carregamos podem não ter sido por nossa culpa, mas é de nossa responsabilidade acalmar, avaliar e seguir buscando a saida desse labirinto. Ficar lamentando o passado pode até nos ter tornado mais forte, pode ter ajudado a entender melhor o que aconteceu, mas também nos deixará presos lá e lamentavelmente isso acaba com qualquer perspectiva de futuro.


Pensando nisso gostaria que cada um pensasse no que já deixou para trás por ter falhado na primeira, segunda, terceira ou quarta tentativa e ainda não obteve sucesso. O que te prende no passado? Te convido a mais uma vez visualizar onde quer chegar e agora com a perspectiva de que já andou muito por esse labirinto saiba que várias das armadilhas já são suas velhas conhecidas e  provavelmente você saberá melhor como encara-las para continuar seguindo seu caminho. Deixa eu lembrar que ainda não será fácil, mas com certeza a hora que se chega do outro lado desse labirinto a recompensa é grande e sua casca vai ficando cada vez mais grossa! Ainda digo que é bom se perder, mas ficar parado não te leva a saída alguma. Você é foda….e só depende de si mesmo para mudar o jogo e conquistar seu próprio ouro!



3 Comments


A vida acontece na arena lamaçenta do dia a dia, no suor daqueles que lutam com bravura para enfrentar seus medos. É preciso muita coragem e disciplina para viver … e vc Plínio nos inspira e motiva a buscarmos sempre o movimento e a evolução! Gratidão!

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Texto impecável


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Boa Plinio. Excelente texto.

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